A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Mounjaro (tirzepatida), da farmacêutica Eli Lily, para tratar o diabetes tipo 2 a partir desta segunda-feira (25). Após a aprovação, o medicamento será precificado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) antes de chegar às farmácias.
Administrado via injeção semanal, o remédio melhora o controle da taxa de açúcar no sangue de pacientes adultos. Segundo a agência, ele tem efeito superior a concorrentes – como o Ozempic (semaglutida).
“Dentro dos dados da literatura apresentados até o momento, aparenta ser o medicamento mais potente que nós temos tanto para o controle da glicose, como para a redução do peso nesses pacientes”, comenta Rodrigo Lamounier, endocrinologista e diretor da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
A injeção do Mounjaro teve uso aprovado pela Anvisa nas concentrações de 5 mg/mL, 10 mg/mL, 20 mg/mL, 25 mg/mL e 30 mg/ML. O tratamento é paralelo à dieta e exercícios para melhorar o controle glicêmico do paciente.
A substância tirzepatida retarda o esvaziamento do estômago, o que faz com que a pessoa se sinta saciada por mais tempo. Além disso, a substância inibe os sinais de fome emitidos pelo cérebro, o que suprime o apetite.
O Mounjaro ainda precisa passar pelo processo de precificação da CMED — o que pode levar alguns meses.
Porém, nos Estados Unidos, onde é vendido também para tratar diabetes tipo 2, quatro doses da injeção (um mês de uso) podem custar mais de US$ 1 mil (aproximadamente R$ 5 mil) para clientes que não tenham plano de saúde.