Apenas um quarto dos economistas e analistas sobre a economia dos Estados Unidos esperam que o país entre em recessão neste ano, segundo pesquisa divulgada hoje pela Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês). Segundo os entrevistados, caso venha, a recessão deverá ser causada por choques externos, como um possível conflito contra a China, ao invés de fatores econômicos internos, como a alta nas taxas de juros ou inflação.
Mesmo vendo poucas chances de recessão, mais da metade dos entrevistados esperam que a inflação neste ano ultrapasse 2,5%, acima da meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), até 2024.
Há um ano, a maioria dos analistas esperava que a economia dos Estados Unidos entrasse em recessão à medida que o Fed elevasse as taxas de juros para combater a alta da inflação. O movimento de fato aconteceu, já que o Fed aumentou a taxa básica de juros americana 11 vezes de março de 2022 a julho de 2023, atingindo o nível mais alto em mais de duas décadas.
Segundo a pesquisa, a grande preocupação dos economistas é sobre um possível conflito entre a China e Taiwan, mesmo que não seja uma guerra aberta. Cerca de 63% dos entrevistados consideram que há uma “probabilidade moderada” da guerra acontecer. Da mesma forma, 97% veem pelo menos uma chance moderada de que conflitos no Oriente Médio elevem os preços do petróleo acima de US$ 90 por barril, que atualmente está em torno de US$ 77, e afetem o transporte marítimo global.
Outros 85% estão preocupados com a instabilidade política nos Estados Unidos antes ou depois da eleição presidencial, que acontece a partir do dia 5 de novembro.
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